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Incentivo à indústria

Governo anuncia medidas para reduzir em até 10,96% o preço de carros populares

De acordo com o MDIC, serão reduzidos PIS, Cofins e IPI de veículos com preços de mercado até R$ 120 mil

carros populares
Ministro Fernando Haddad (da Fazenda), vice-presidente, Geraldo Alckmin, e presidente Lula | Crédito: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou nesta quinta-feira (25/5) medidas com o intuito de reduzir em até 10,96% o preço de mercado do carro popular no Brasil. O governo, entre outros, vai reduzir PIS, Cofins e IPI de veículos com preços de mercado de até R$ 120 mil. O benefício, envolve, ao todo, 33 modelos de 11 marcas.

Vice-presidente e ministro da pasta, Geraldo Alckmin (PSB) reforçou que acima de R$ 120 mil não haverá nenhuma mudança. “A proposta de estímulo é transitória e para esse momento, em que a indústria está com muita ociosidade. Serão levados em consideração três questões, a primeira é o carro acessível, hoje o carro mais barato é quase R$ 70 mil, queremos reduzir esse valor, mas os outros também serão reduzidos”, disse.

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A medida ainda depende de definições do Ministério da Fazenda, que prometeu entregar os estudos sobre os aspectos fiscais em 15 dias. Esses estudos vão definir o tempo de duração do programa. O benefício será escalonado e vai ser condicionado a variáveis como eficiência energética, densidade industrial (capacidade de gerar emprego e crescimento no entorno) e o preço.

Em nota, a pasta informou que esta é uma “medida temporária de estímulo para um setor que responde por 20% do PIB da indústria de transformação e está com 50% de sua capacidade instalada ociosa”. A expectativa é que ajude a manter os empregos diretos e indiretos nas montadoras e em toda cadeia produtiva.

Ainda segundo o ministério, as ações visam modernizar o parque industrial, estimular o consumo, manter e criar empregos, reduzir emissões de carbono e contribuir para o crescimento econômico.

“Importante destacar que a renovação da frota em circulação atende aos objetivos do Programa Rota 2030, que entra em sua segunda fase no segundo semestre, e cuja meta geral é reduzir em 50% as emissões de CO2 dos veículos automotores até 2030, em relação a 2005. O programa prevê ações e estratégias para todas as rotas tecnológicas que levem à descarbonização, com carros a etanol, elétricos e híbridos”, acrescenta a pasta, em nota.

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